Lembrada por inventar o gênero "dança-teatro", misturou com ousadia e genialidade a voz (nunca usada pelos bailarinos até então), os gestos, as músicas e a cenografia com objetos cênicos, para falar com profundidade de tudo aquilo que só o teatro ou só a dança sozinhos não eram capazes.
Seu território poético passou pela crítica social, o existencialismo, regionalismo, povos e fronteiras, exploração, limites dos gêneros etc.
Enquanto a dança virtuose se esvai de conteúdo, Pina trás um prato cheio para quem assiste seus trabalhos: muita coisa para se ver, pensar e sentir.
Curiosidades:
- Este ano sua Cia. de dança, o Wuppertal Tanz Theatrer que Pina dirigia iria se apresentar no Brasil. Até o momento não se sabe se acontecerão os espetáculos ou não.
- Apesar da linguagem claramente contemporânea dos seus espetáculos, num documentário sobre o processo de criação seus bailarinos contam que diariamente pela manhã fazem uma aula de ballet clássico como aquecimento antes dos ensaios.
- Nem preciso mencionar como amo esse estilo de trabalho. Na faculdade me chamavam de 'PinaBrasileira' pois tenho um jeito parecido de compor, adoro incluir falas e relacionar a dança com objetos em cena. Se der tudo certo, no espetáculo anual da escola em que trabalho farei com minhas alunas uma composição em homenagem a ela.
Para assistir alguns trechos de trabalhos:
- MasurcaFogo
- CafeMuller
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